Acompanhamos in loco uma série de treinamentos da Luta Greco Romana em Istambul, cidade com cerca de 14 milhões de habitantes, na Turquia. Nossa viagem foi realizada no mês de fevereiro de 2015, além da Turquia acompanhamos os treinos de Wrestling na Itália e nos Balcãs. A Turquia é um país de grande dimensão territorial, com uma vasta diversidade cultural. A capital é Ancara, que fica no centro do país, Istambul é a principal cidade e se localiza na fronteira entre dois continentes, a Europa e a Ásia. A antiga Constantinopla tem muita tradição na Luta, os estilos Greco Romano e Livre são praticados em vários clubes espalhados pela cidade. Nossa visita foi feita no Clube Istanbul Gures Ihtisas Kulubu (foto 1) fundado em 1919 no bairro Avrupa na zona oeste da Grande Istambul. Nosso anfitrião foi o Coach da equipe Junior de Greco-Romana, Hüseyin Uzuner. Vale lembrar que o estilo Greco-Romano não pode atacar as pernas, dentre algumas diferentes em comparação ao estilo Livre, mas, ambos são olímpicos. O centro de treinamento tem uma ótima estrutura, com três andares, várias áreas de luta, sauna, sala de musculação, administração, banheiros, sala de troféus e sala de reuniões. A área de luta na qual acompanhamos os treinos é equipada com dois tapetes, cordas penduradas no teto, barras olímpicas, área de descanso, duas tabelas de basquete e vários equipamentos de treinamento funcional. Ao chegar ao centro de treinamentos nos deparamos com os trabalhos dos atletas em meio a vários campeonatos e torneios. A periodização de treinos estava em andamento e podemos ver um pouco de um vasto universo de treinos. Podemos entender um pouco da metodologia dos trabalhos, desde a preparação psicológica até a parte física e técnica. O clube tem todas as categorias, desde o Cadete até Sênior, podemos acompanhar mais de perto o trabalho da equipe Junior. Os trabalhos de aquecimento eram muito dinâmicos, envolvendo o jogo de basquete, queimada, rugby e futebol. Todos os dias a parte técnica era realizada com muitas repetições, sempre acompanhada de trabalhos de força com muito arranque e quedas. Os arranques eram realizados no par terre, e as quedas com muitas repetições de volteios. A voz de comando do treinador era muito percebida, pois, a partir destes comandos todos os atletas trocavam a técnica e a posição (foto 2). Todos os trabalhos eram muito intensos e com poucas paradas para descanso. O treino básico durava em média 1 hora, muito bem estruturados e bem aproveitados. Enfim, são muitos detalhes que podemos ver nos treinos, o mais importante é entender e interpretar a metodologia de trabalho.
Marcos Timóteo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se utilizar estas informações em algum trabalho, por favor, faça a citação do blog.
Obrigado.